Sobre o Candeal
O Candeal é uma das mais antigas comunidades de Salvador, Bahia. Seu nome tem origem na existência da planta candeia, que no inicio da formação do bairro, por volta do século XVIII, era abundante na região. Com forte herança africana, a comunidade foi criada a partir da união de Manuel Mendes e Josefa de Santana, negra liberta da Costa do Marfim que chegou ao Brasil em 1769 em busca de parentes que vieram escravizados. Conta a história que a família comprou a “Roça Candeal Pequeno” local que, posteriormente, se tornou um “quilombo urbano”, onde D. Josefa comprava e libertava negros e acolhia fugitivos.
Com este contexto histórico de uma comunidade com características quilombolas, o Candeal nunca perdeu sua estreita relação com as influências de suas matrizes/motrizes africanas.
É neste contexto que Carlinhos Brown desenvolve sua ideia de modificar e mobilizar a comunidade a fim de superar as barreiras do alto índice de desemprego, falta de atenção básica a saúde e baixa renda. É importante validar que todo o movimento promovido por Carlinhos Brown e a Timbalada deu ao bairro uma geolocalização e um reconhecimento identitário na cidade de Salvador.
Criação da Timbalada (1991) - Como tudo começou –
A história de amor e sucesso começou... a banda foi lançada por Carlinhos Brown com som seu som característico que vem do timbau. Encantou multidões desde o começo, em Salvador e se espalhou pelo mundo. O timbau é o instrumento característico da Timbalada. No início, a banda tinha vários vocalistas: Fia Luna, Patrícia Gomes, Denny, Ninha Brito, Augusto Conceição e Alexandre Guedes. Tudo começou quando Carlinhos Brown criou, em 1991, uma série de encontros nos quais selecionava novos talentos. Com olhos no futuro, Brown solidificou seu projeto e criou a Timbalada que, na época, contava com um pouco mais de quarenta músicos.
A banda Timbalada ganhou projeção nacional em 1993. "Quando Brown revolucionou a forma de tocar este instrumento – que antes era tocado na horizontal e com uma mão só e depois passou a ser colocado na vertical e tocado com as duas mãos – nasceu a base percussiva da Timbalada. A inovação do projeto, desenvolvido por Brown, fez com que os ensaios no Candyall Guetho Square se tornassem tradicionais na cidade, atraindo baianos e turistas. A seriedade da criação saída do bairro do Candeal ultrapassou fronteiras, conquistou o Brasil e ganhou o mundo", conforme release Oficial.
Uma Banda que tem uma sonoridade efervescente, efusiva e inebriante, capaz de fazer vibrar o coração de qualquer um que estiver por perto. A Timbalada é uma banda que conseguiu criar um ritmo e energia própria, tem no timbau e na atuação social a sua marca registrada. Quando Brown revolucionou a forma de tocar este instrumento – que antes era tocado na horizontal e com uma mão só e depois passou a ser colocado na vertical e tocado com as duas mãos – é que nasceu a base percussiva da Timbalada. A inovação do projeto desenvolvido por Brown fez com que os ensaios no Candyall Guetho Square se tornassem tradicionais na cidade, atraindo baianos e turistas. Hoje a Timbalada atrai multidões por onde vai, animou 1,5 milhões no carnaval de Madri em 2005 e participou em 2002 do Brazilian Day em Nova York com um público de 1,2 milhões de pessoas. Foi recorde de público do Festival Internacional de Jazz de Montreal no Canadá com 210 mil pessoas na 21ª edição do evento, que ocorreu em 2000. O sucesso do palco se repetiu no mercado fonográfico com no total onze álbuns lançados.
A Timbalada nasceu "no tapa", como diz o próprio criador, com o objetivo de oferecer um serviço de animação social, um novo ritmo usando o som da percussão, além de resgatar e levar para as ruas o timbau. E conseguiu.
A versatilidade de Brown também aparece na banda, que é formada em média por 29 músicos, que tocam teclado, guitarra, timbau, surdo, bacurinhas (instrumento criado por ele parecendo um repique) e naipe de metais. Para preservar a independência da banda, Brown deixou de se apresentar junto com ela. "A Timbalada não é uma instituição carnavalesca, é uma entidade espiritual, uma manifestação cabocla miscigenada, uma labu laba ladainha. Tive sorte de, no final do milênio, a Timbalada ter nascido - ou renascido - em minhas mãos. A gente queria pegar o timbau e trazê-lo para um contexto de reaproximação social, porque era um instrumento marginalizado.
1ª FORMAÇÃO - 1991 à 1997 - Ninha Brito, Xexeu e Patrícia Gomes Ninha ficou fora do grupo de 1995 à 1996, quando deu aula de percussão nos Estados Unidos. E Denny se encontrava no projeto social percussivo.
2ª FORMAÇÃO - 1997 à 1998 - Patrícia, Ninha, Denny e Antonio (voz e trombone)
3ª FORMAÇÃO - 1999 - Akira Takakura, Ninha, Juju Gomes, Denny e Amanda
4ª FORMAÇÃO - 2000 à 2006 - Ninha, Amanda Santiago e Denny
5ª FORMAÇÃO - fev 2006 à abr 2007 Denny e Amanda Santiago
6ª FORMAÇÃO - abr 2007 à dez 2016 - Denny
7ª FORMAÇÃO - dez 2016 à jun 2017 - Denny e Millane Hora
8ª FORMAÇÃO - jul 2017 à ... - Buja Ferreira, Paula Sanffer e Rafa Chagas